terça-feira, 31 de maio de 2016

VIA DOLOROSA


Jesus andou num trajeto, chamado agora de Via Dolorosa, para ser crucificado em Gólgota. A distância total tem sido estimada em 595 metros. (Edwards). Uma rua estreita de pedra, era provavelmente cercada por mercados no tempo de Jesus. Ele foi conduzido através das ruas aglomeradas de gente carregando a barra transversal da cruz (chamada patibulum) em contato com Seus ombros. A barra transversal provavelmente pesava entre 36 e 50 quilos. Ele era cercado por um guarda dos soldados romanos, o qual carregava uma placa que anunciava Seu crime o de ser "o Rei dos Judeus" em Hebreu, em Latim e em Grego. No caminho, Ele ficou incapaz de carregar a cruz. Alguns teorizam que Ele talvez tenha caído ao ir descendo os degraus da Fortaleza de Antônio. Uma queda com o pesado patibulum nas Suas costas talvez tenha causado uma contusão do coração, predispondo Seu coração a ruptura na cruz. (Ball) Simão o Cireneu (atualmente norte da África (Tripoli)), que aparentemente foi afetado por estes eventos, foi intimado a ajudar.


A presente Via Dolorosa foi marcada no século 16 sendo a rota na qual Cristo foi conduzido a Sua crucificação.(Magi) Quanto a localização do Calvário, a verdadeira localização da Via Dolorosa é disputada. Muita da tradição a respeito do que aconteceu a Jesus é encontrada na Via Dolorosa hoje em dia. Há 14 estações de "eventos" que ocorreram e 9 igrejas no caminho hoje em dia. As estações da cruz foram estabelecidas em 1800. (Magi) Hoje em dia, há uma seção no trajeto onde se pode andar nas pedras que foram usadas durante a época de Jesus.






A bíblia não relata que Jesus tenha caído uma vês se quer, quem afirma que Jesus caiu por três vezes é a tradição católica, a maioria dos teólogos não aceita que Jesus tenha caído, pois se assim fosse ele de uma certa forma teria fracassado.
Esta rua estreita com suas estações hoje tem por objetivo alavancar o turismo religioso, as pedras os locais estão recheados de misticismo religiosos e suposições infudadas.
Em Cristo. Ev. Evaldo Barbosa

quinta-feira, 26 de maio de 2016

DORME COM OS BICHOS E ACORDA COM OS ANIMAIS

Minha mãe é uma católica funcional, nunca foi muito de ir às missas, mas foi ensinada a viver uma vida pautada nas práticas religiosas que o catolicismo ensina as rezas e ladainhas sempre fizeram parte de sua vida, e me recordo que sempre falava esse ditado para mim por eu deitar-me e levantar-me sem recomendar minha alma com o pai e nosso e ave Maria. Nessa semana nosso pastor Marcos Antônio nos ministrou uma palavra sobre a importância da oração, nos despertou para vida de ocupações que vivemos nesses dias, em que temos tempo para tudo menos para falar com Deus. Em nossos dias os meios de comunicação tem minado todo nosso tempo, “DORMIMOS COM A TV E ACORDANOS COM O COMPUTADOR” a maneira de Deus se relacionar com o homem é através da sua palavra, ela contem tudo sobre Ele o que Ele quer de nós, e a maneira do homem se relacionar com Deus é através da oração, a oração é o canal de comunicação que liga o homem a Deus. A palavra que nosso pastor pregou ficou martirizando a minha mente, fiquei  analisando a situação que acontece quando limpamos um peixe, tudo que sai do seu ventre é imundo, aí fiquei me imaginando eu dentre de um ventre de um peixe, e bateu um sentimento de nojo e asco, e foi isso que aconteceu com Jonas, ele foi parar literalmente no ventre de um peixe, e podemos ver que tão horrível era aquele lugar que ele comparou com o inferno. Oração não é uma repetição de palavras bonitas  ou uma lista de petições que supram nossos anseios e necessidades, oração é interlocução é conversação é comunhão, mas eis aí a questão: como podemos falar com quem não temos intimidade e nem afinidade?  Oração sem comunhão é um ato de sacrifício vazio e sem enfeito algum diante Deus, são palavras levadas ao vento que por mais bem elaboradas que sejam não comovem o coração de Deus.  Que possamos ser mais agradecidos, nesses dias de frio, já observou a cama quente que você dorme, já pensou em quantos queriam ao menos um cobertor usado, veja as suas roupas, o seu cardápio do dia a dia, veja como andam os seus filhos, será que essas coisas embora simples não são motivos para você se prostrar diante do seu criador e render graças, adore a Deus pela vida que Ele te deu, é simples mais é boa, não espere entrar em ventre de peixe pois lá não dá para orar, lá só dá para clamar.

Que Deus nos dê força e coragem para buscar a sua face enquanto podemos achar!Com a minha voz clamo ao SENHOR, e ele do seu santo monte me responde.
5 Deito-me e pego no sono; acordo, porque o SENHOR me sustenta

Em Cristo Ev. Evaldo Barbosa

domingo, 22 de maio de 2016

ADBRÁS VILA GUILHERME

Grandes coisas tem feito Deus neste lugar, sob a direção de Deus nosso pastor local Marcos Antonio tem sido um verdadeiro vaso na mão de Deus. Coisas maravilhosas Deus têm realizado neste lugar, muitas pessoas já tiveram suas vidas transformadas pelo o poder da palavra de Deus, nosso pastor juntamente com sua esposa filhos e obreiros desta casa de oração não tem medido esforço para fazer a vontade de Deus.

Pr. Marcos Antonio

Momentos de adoração

Litaralmente com a mão na massa

Olha o manto

Oração

Milssionaria Rosineide e obreiros


Pastor num lê bíblia errado não!

*Por Gedeon Alencar

Um senhor entre quarenta e cinquenta anos senta ao meu lado com o jornal do metrô. Poucos minutos depois, me oferece o jornal:

 — “Quer o jornal? Eu num sei ler não. Pego apenas para ver as fotos!”.

Depois do choque inicial, pergunto: 

— Se não sabe ler como o senhor pega ônibus? Ele me responde confiantemente: 

— “Pelas cor”! — Como assim “pelas cor”? Você sabe exatamente qual a cor do ônibus que vai para seu trabalho ou para sua casa?

Ele, então, me explica que não pega ônibus, pois, mora ao lado do trabalho. Somente esse quando precisa ir ao Jabaquara.

Eu não conseguia acreditar que estava diante de um cidadão com o Metrô News nas mãos, andando de ônibus na maior cidade do país, mas analfabeto. Continuamos a conversa. Com seu palavreado típico e original, não demorou muito para eu descobrir que era cearense (como eu) e crente pentecostal (idem). 


Veio para São Paulo há mais de vinte anos e nunca voltou para visitar a família. Nunca gostou da cidade, pois sempre viveu na roça. Saiu da zona rural direto para São Paulo. Chegou um dia pela manhã e, depois do almoço, começou a andar nas ruas da periferia onde moravam seus parentes, e encontrou uma empresa contratando zelador. No dia seguinte já estava trabalhando. Nunca foi ao Centro, não conhece absolutamente nada além de sua casa, trabalho e estação do Metrô Jabaquara, onde vem receber ou entregar alguma encomenda do seu patrão. 

Fora da casa e trabalho, também vai à igreja. Tudo isso foi “bença de Deus”, pois trabalha ao lado de casa e tem um patrão “que é bom demais, um pai”. Seu patrão confia muito nele, já que fica com as chaves da empresa, até da sala do chefe. É o primeiro a chegar e o último a sair; chega cedinho para fazer um cafezinho para o patrão; ganha presentes e gosta tanto do trabalho e o patrão gosta tanto dele que todos esses anos nunca tirou férias; seu chefe e a empresa não querem ficar sem ele, por isso “paga as férias direitinho”. “Não é uma bença?”, ele arremata. 

Quando descubro que é crente, pergunto: — Como você é crente e vai para a igreja e não lê sua Bíblia? Ao que me responde convicto: — Não preciso ler não, macho. O pastor lá na igreja lê a Bíblia pra gente! — Mas seu pastor pode tá lendo a Bíblia errado.... — ele não me deixa terminar a frase, interrompe e dá um tapa no meu ombro. “Tá doido é, pastor num lê Bíblia errado não, macho!”. 

Aviso aos leitores: esse cabra da peste, cearense, pentecostal, tem razão. Concordo com ele. Émile Durkheim também concorda. No clássico Formas Elementares da Vida Religiosa, ele conceitua religião como comunidade moral. Aliás, a primeira e principal produtora de valores morais. Mais: valores corretos. Esse crente corrobora a tese durkeimiana: a igreja, ou mais especificamente, sua igreja é uma comunidade moral. E verdadeira. 

Esse indivíduo é digno de confiança — seu patrão que o diga. Marxistas e, até weberianos como eu, podem interpretar esse “fato social” de modo diferente, mas não podem negar que a construção da confiança entre esses indivíduos — patrão, empregado e também pastor — se deu por causa de sua moralidade religiosa. “Foi uma bença de Deus esse emprego, meu amigo. Por isso, eu não posso enganar meu patrão. Deus tá vendo!”. Mas o que me interessa fundamentalmente nessa história é sua relação de confiança com a leitura bíblica de seu pastor. 

Quem é o pastor de uma pessoa nessa camada social?(1) Alguém do seu mesmo nível social, escolaridade e, invariavelmente, morando no mesmo espaço geográfico. Portanto, longe da categoria de “consumidor” e “produtor de bens simbólicos”. Não há um abismo social e teológico entre ambos. Nesse caso, uma liderança carismática que é legitimada por seus seguidores; há uma relação intrínseca de confiança recíproca nessa comunidade moral. Todos se conhecem, pois, inclusive, moram perto uns dos outros. Há, efetivamente, uma “coesão social” (novamente Durkheim). As relações fraternas, empregatícias, religiosas e institucionais estão imbricadas. E funcionam. 

A leitura bíblica — “correta” — que seu pastor faz é exatamente a que ele faria se fosse capaz de ler. Eles têm os mesmos valores, agem baseados nos mesmos princípios, já que culturalmente estão no mesmo barco. Diferente de grupos religiosos onde seus líderes “estão no mesmo barco, mas em camarotes diferentes”. Por isso, recorrendo mais uma vez a Durkheim: “Não existe religião alguma que seja falsa. Todas elas respondem, de formas diferentes, a condições dadas da existência humana”. Portanto, sua religião é verdadeira, ela lhe dá “sentido” e isso lhe é suficiente e necessário; é o “sentido” que ele precisa. 

Foi essa sensação que tive olhando para aquele falastrão ao meu lado. Feliz da vida pelo emprego, crente convicto na atuação do divino e tranquilo na sua relação com seu pastor. Nenhuma pretensão dialética na relação da senzala com a casa grande; nenhuma tensão teológica na epistemologia pastoral para uma leitura bíblica contextualizada. Não esperava e nem achava necessário nenhuma mudança: “Tá bom do jeito que está!”, disse quando tentei convencê-lo da necessidade de saber ler numa cidade grande como São Paulo. Me olha sorrindo, parece com pena de mim. Se ele tivesse lido Foucault me diria que o micropoder ... deixa para lá. 

Alienação? De quê? 

Esse cearense-pentecostal-analfabeto é, segundo a teoria marxista, um primor de alienação, ou seja, “não tem domínio da realidade”. Igualmente a qualquer um de nós — meus leitores alfabetizados, pós-graduados, modernos — quando falamos com um farmacêutico, médico, meteorologista ou cientista nuclear. Quem é de outra “casta científica”, sabe que o primeiro problema é a linguagem técnica. Alguém que não é farmacêutico sabe decifrar uma bula de remédio? A escrita é cifrada, as frases truncadas, cheias de palavrões indecifráveis. De uma complexidade infame, proposital. E essa droga ainda tem efeitos colaterais. Entendendo ou não a bula (ainda correndo o risco de que o farmacêutico não tenha entendido os rabiscos do médico) tomamos o remédio com base na confiança com relação ao médico, farmacêutico e o laboratório. Idem ao entrar em um avião, comprar um aparelho eletrônico ou entregar nosso dinheiro a um banco. Ou deitar na cadeira de um dentista, abrir a boca e deixar ele fazer um canal. Nesse caso, o único domínio que temos é o do pagamento. Poderia exemplificar com outros profissionais, mas é suficiente. 

Por que nós, escolarizados, modernos e alfabetizados, podemos — e não temos outra opção — confiar cegamente em dentistas, cientistas, aparelhos eletrônicos, e meu amigo cearense-pentecostal-analfabeto não pode confiar na leitura bíblica de seu pastor? Alienado? Ele? 

Eu tenho inveja da tua vida, macho! Nota (1) Não uso a categoria classe, uma redução marxista de categoria econômica. Camada, um conceito weberiano, tem uma abrangência para além das afinidades econômicas, sendo uma condição social-cultural.